segunda-feira, agosto 21, 2006

Livros

(...continuação)
Antes de me deitar tiro os quatro livros que trouxe, tentando decidir qual ou quais vou hoje ler. Vejamos, tenho um livro do Ross Leckie intitulado “Cipião, o Africano”, que apesar de ser um romance histórico é suficientemente erudito e verídico para ser interessante, vem na continuação de um romance do mesmo autor chamado “Aníbal”, que já li e achei genuinamente bom; tenho outro do Artur C. Clarke, o “Anti-Crepúsculo” que ainda não comecei, comprei-o há dois ou três meses numa feira do livro, onde comprei também um livro muito interessante do Jaques Bergier intitulado “Os extraterrestres na história” e a versão em inglês dum livro que já tinha do Bruce Chatwin; tenho ainda um dos livros de que mais gosto do J.R.R.Tolkien, de quem há cerca de um mês e meio me propus reler toda a obra, que se intitula “O Silmarillion”, (bom, suponho que seja como François Mauriac disse: «”Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és” é verdade, mas conhecer-te-ei melhor se me disseres aquilo que relês.»); como última opção, mas não menos importante, um livro do Roger Scruton que ando a ler aos bocadinhos e em pequenas doses, “A estética da Arquitectura”.
Para que é que trago tantos livros? Acho que sou intensamente curioso e moderadamente impaciente para estar a ler um só livro por dia. Fazendo uma analogia entre os livros e as séries de televisão, por comparação prefiro os livros, posso controlar a duração dos “episódios” pois começo a ler quando quero e paro quando quero, posso fazer pausas para ver televisão, se assim quiser, em contrapartida, com a televisão sou obrigado, se não quiser perder um programa que me interessa, a estar pontualmente e com um rigor subserviente à frente do ecrã, correndo sempre o risco de me irritar quando os episódios acabam naquele momento em que estamos mais intensamente envolvidos, e pior ainda, não podemos fazer intervalos para ler (a não ser, claro, que tenhamos um vídeo, que não é o meu caso). Por fim, e como já não leio um livro do Arthur C. Clarke há muito tempo, decido-me pelo “Anti-Crepúsculo”.

(continua...)